Alvo Armeria, a empresa que possui a peça que sua arma precisa

Criada em 2001 com o objetivo de atender a demanda do mercado bélico brasileiro com a venda de peças em geral para armas de fogo, a Alvo Armeria, que possui sede na capital mineira, Belo Horizonte, vem desempenhando papel importante no segmento armamentista. Isto porque, a própria Taurus recorre quando preciso à Alvo Armeria para adquirir peças de uma arma em específico de acordo com o armeiro credenciado pela Polícia Federal e Exército Brasileiro, especialista em armas e gestor técnico administrativo da empresa, Jackson Spakosky. [caption id="attachment_9101" align="alignleft" width="300"] Na foto, Jackson Spakosky realizando manutenção em um revólver.[/caption] “Temos peças da plataforma 24/7 que a própria Taurus não tem mais. Quando eles precisam, entram em contato com a gente. Temos um estoque com estas peças. Já vendemos para uma instituição militar e ainda temos bastante para atender o público. Destaco que há alguns anos o Exército barrou a produção/fabricação desta arma. Então, não tem mais fabricação de peças, tampouco desta arma, e nós temos as peças em estoque para atender a demanda de todo o Brasil”, destaca. A Alvo Armeira se diferencia também por ter todos os tipos de peças para armas de fogo no país, bem como realiza reparos in loco nestes equipamentos em sua sede. Confira a entrevista: Você tem mais de 30 anos de experiência de armeiro no país. Na sua opinião, qual é o maior gargalho neste ramo de mercado no Brasil? Com certeza é a falta de peças para as armas importadas para o Brasil. Entraram em nosso mercado armas americanas, israelenses, asiáticas, europeias; entre outras e a venda maior destas são em maior parte para os CACs que as utilizam de forma exaustiva, em alguns casos até 3.000 tiros por treinamento. Quais os maiores problemas nas armas dos seus cliente sendo pessoas físicas e jurídicas? Há uma distinção bem clara: as armas das instituições tem maior problema de quebra/dano de peças devido ao uso intensivo e nesse grupo incluímos os CACs. No caso de pessoa física, o problema maior é com a manutenção preventiva e o descaso com o teste da arma. Tem cliente que adquiriu uma arma e nunca atirou com a mesma e quando vai usa-la, descobre que a mesma não funciona. Fica uma dica de armeiro: comprou uma arma, atire com ela no mesmo dia, no mínimo 50 vezes, com munição real. Algumas panes somente são descobertas após uma série de tiros contínuos. Como você vê as armas importadas no país atualmente devido a abertura no mercado? Toda concorrência é benéfica e coloca o Brasil entre os melhores do mundo bélico. O país hoje é o maior fabricante de revólveres do mundo e parte da qualidade do produto brasileiro deve-se a essa entrada de armas de países como Estados Unidos, Israel, Itália, Alemanha e outros. Como especialista em armas, como você vê a venda de produtos para armas pela internet? Vejo com bastante cautela. Deixo aqui uma orientação: se adquirir algum produto pela internet, procure um armeiro especializado pelo fabricante e credenciado pela Polícia Federal para instalação do mesmo. Recentemente um policial aqui de Belo Horizonte sofreu uma pane durante uma operação policial, desesperado procurou-nos para detectar e sanar o problema que estava em uma peça (Cover Plate) adquirida pela internet sendo fabricada de forma caseira fora dos padrões do fabricante. Não altere o funcionamento da sua arma tirando peso de molas, alívio de gatilho e outras intervenções sugeridas pela internet. Procure um armeiro especializado.